No Outono de 2022, o Público anunciou a distribuição de uma nova colecção intitulada História do Design Gráfico em Portugal. Editada pela 100Folhas e da autoria de José Bártolo, apesar de feita em poucas semanas esta obra em dez volumes cobriria um período de dez séculos. A distribuição desta colecção por um reputado jornal nacional por si só confere uma invulgar relevância à investigação em design no nosso país; aliás, poucos projectos académicos conseguem almejar tamanha oportunidade de divulgação comercial e impacto popular.
Em Novembro de 2022, um colectivo de investigadores contactou o Público indicando erros, lapsos e instâncias indicativas de plágio nos primeiros volumes da colecção. O jornal interrompeu a distribuição dos livros e prometeu uma investigação; em Fevereiro de 2023 relançou os seis primeiros volumes numa edição “revista.” A seguir lançou um novo livro por semana, concluindo a distribuição da colecção no final de Março. Como comprova a averiguação conduzida pelos investigadores – disponível em umahistoriagravedodesigngraficoemportugal.design.blog –, pouco foi alterado e muitos dos problemas se mantêm, fazendo com que esta história possa no mínimo ser descrita como um trabalho académico descuidado.
Não tinha de ser assim. Esta (ou outra) história do design em Portugal não tinha de ter sido feita à pressa, apenas por uma pessoa e recorrendo quase exclusivamente a trabalho alheio, mal ou não reconhecido de todo. Este artigo propõe um debate sobre como esta história poderia ter sido diferente.
A partir da conversa a ocorrer nesta galeria no dia 31 Outubro, elaborar-se-á um documento propositivo, a ser publicado nas páginas da Fazer #1.
Juntem-se a nós.
Este texto é uma sinopse do artigo publicado na Fazer #1, inicialmente redigida para a exposição Fazer #1.
Este e outros artigos desta edição impressa da revista ficarão disponíveis para leitura e partilha online quando a sua tiragem esgotar.